EFICIÊNCIA EMPRESARIAL E EFICÁCIA ESCOLAR – A PERSPECTIVA TRADICIONAL DO CURRÍCULO

Comenius propõe que observemos a Natureza para descobrirmos a arte de ensinar tudo a todos.
 Por meio da escola, preparar os jovens para o exercício das ocupações profissionais que se reorganizavam pelas mudanças provocadas pela revolução industrial.
É o foco curricular na preparação para o trabalho que vai criar uma das principais diferenças entre o currículo clássico (abordado na época de Comenius) e as propostas curriculares que passam a se desenvolver com a Revolução Industrial.

No currículo clássico, estabelecido desde a Idade Média e o Renascimento, organizava-se com base nos chamados trivium (gramática, retórica e dialética) e quadrivium (astronomia, geometria, música, aritmética). Para o currículo clássico, o estudo das grandes obras clássicas gregas e latinas, e suas línguas, seria capaz de formar a pessoa inteligente, defensora dos valores expressos nos clássicos estudados.
O foco da educação clássica é, portanto, a formação intelectual.

PRÁTICAS ESCOLARES E CURRÍCULO: UMA RELAÇÃO ÍNTIMA E PESSOAL

Hoje temos várias definições de currículo, resultado de um longo trajeto de pesquisas que buscaram compreender o que aprendemos na escola, por que aprendemos o que aprendemos, a serviço de quem (e contra quem) agem os conhecimentos escolares.

  • Nesta perspectiva, existe uma predefinição a respeito das capacidades ou incapacidades para aprender e, a escola será apenas um palco onde essas capacidades e incapacidades serão reveladas. Esta perspectiva pedagógica é chamada INATISMO ou APRIORISMO.

  • Tudo o que é “impresso” no ser humano é resultado do meio externo a ele, significa considerar o meio em que o sujeito vive, e suas experiências neste meio, como determinantes de seus comportamentos, valores, saberes e crenças. Esta perspectiva pedagógica é conhecida como EMPIRISMO.

  • Nada tem um lado só, ou seja, que tudo o que se faz tem suas implicações: uma relação de dois lados (no mínimo). Esta compreensão representa para o docente, que, nem o ser humano é apenas seus traços biológicos, trazidos ao nascer, e, ao mesmo tempo, não é, apenas, as suas experiências em um meio físico, social e cultural. Há uma compreensão DIALÉTICA, que se refere à interação entre a base biológica e o meio físico, social e cultural implicada nos processos de aprendizagem.

Pesquisar em educação: considerações sobre alguns pontos-chave

Análise do texto: Pesquisar em educação: considerações sobre alguns pontos-chave

A autora propõe cinco pontos que podem contribuir para a discussão da pesquisa que se produz em educação.

1.    O que se entende pro pesquisa
2.    Qual a idéia de paradigma,
3.    Confronto dos métodos qualitativos em relação aos quantitativos
4.    O possível papel dos estudos quantitativos,
5.    Os grupos de pesquisa e a emergência de novos tipos de temática.

A palavra pesquisa pode denotar desde a simples busca de informações, localização de textos, eventos, fatos, dados, locais, até o uso de sofisticação metodológica e uso de teoria de ponta para abrir caminhos novos no conhecimento existente, e mesmo criação de novos métodos de investigação e estruturas de abordagem do real.

A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL

A formação de impérios coloniais nas Américas possibilitou a exploração dos recursos naturais existentes em abundância, como, por exemplo, a madeira, o ouro, a prata e a cana-de- açúcar. A exploração irracional de tais riquezas trouxe profundas alterações no meio ambiente das Américas, provocando, ao longo do tempo, desmatamento, alteração climática, poluição de rios e extinção de espécies vegetais e animais.
O crescimento das cidades, no século XX, trouxe novo impacto ao meio ambiente a partir da ocupação desordenada do solo, da multiplicação de fábricas e do aumento da frota de automóveis.
Nas décadas de 1980 e 1990, cresceram os problemas ambientais em países como o Brasil, e profundas mudanças aconteceram no meio ambiente, interferindo na qualidade de vida da população.

OS RESULTADOS DAS CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS SOBRE MEIO AMBIENTE

As Conferências de meio ambiente patrocinadas pela ONU foram marcos decisivos na luta por um ambiente saudável no planeta; mas a Conferência de Estocolmo foi a primeira grande conferência que tratou da questão ambiental em termos mundiais e favoreceu a implementação de programas, projetos e ações nessa área nos mais diferentes países.

AMBIENTE DE VIDA DAS ESPÉCIES ANIMAIS E VEGETAIS

O homem, para sobreviver no planeta Terra, depende, primordialmente, de um conjunto de recursos naturais denominados elementos da Natureza, que são quatro: ar, água, fogo e terra. A Ciência tenta compreender todos os fenômenos da Natureza a partir de interações entre os elementos. A vida no planeta azul (Terra) depende do perfeito equilíbrio dos recursos naturais ali existentes.

  • Recursos naturais renováveis (elementos que formam a parte não viva ou abiótica e vegetal), que podem ter reposição de espécies total ou parcial

  • Recursos naturais não renováveis (parte não viva ou abiótica), isto é, após serem utilizados não podem ser produzidos nem repostos.

Elementos da Natureza

Elemento água
A água é um elemento primordial à manutenção da vida, e está presente na placenta que envolve o corpo humano (70% do peso do homem), nos alimentos, no orvalho das folhas das árvores, nas espécies animais, no ar atmosférico etc.

A água pode ser encontrada na Natureza em estados líquido (rio, oceano), gasoso (vapor de água) e sólido (gelo, neve). 

TÉCNICA, TECNOLOGIA E CIÊNCIA: IMPLICAÇÕES PARA A VIDA NO PLANETA

Uma tecnologia produz mudanças com implicações muito maiores do que normalmente se dá atenção. Elas acontecem no plano da produção dos bens de consumo e das relações sociais, por isso a tecnologia gera implicações econômicas, políticas, sociais e culturais. Em nome do progresso, as construções urbanas tornam a vida humana cada vez mais solitária, a poluição do ar provocada pelas fábricas aumenta, áreas verdes e de preservação ambiental são alvo de especulações imobiliárias.
Desde o início do século XX já existem reflexões sobre a técnica. Entretanto, poucos estudiosos identificaram que o interesse deveria ser deslocado da técnica para a tecnologia, ou seja, que a técnica contemporânea não está restrita ao trabalho manual ou mecânico que se realiza sobre um material.

A técnica é tão antiga quanto a existência da humanidade. No estágio inicial da história da Ciência, o instrumento é um prolongamento do corpo humano. O martelo aumenta a potência do braço e o arado é a mão escavando o solo.
No século XVII, com a Ciência moderna, as perspectivas de avanço tecnológico cresceram e uma de suas características marcantes é que agora o homem quer submeter a Natureza às suas ordens. Enquanto o instrumento constitui uma extensão do corpo, temos a técnica potencializando a energia humana.

No contexto de associação entre Ciência e técnica, há uma transição do uso do instrumento e da ferramenta para a máquina que executa o que antes o homem fazia.
Podemos, finalmente, compreender o seguinte: A tecnologia é definida como toda invenção, incluindo ferramentas, máquinas, materiais e recursos que facilitam a vida das pessoas.
A presença de novas tecnologias provoca mudanças sucessivas na organização política, econômica e social. uma conseqüência social é o desemprego causado pela substituição massiva de pessoas por tecnologias que substituem o trabalho humano.

CIÊNCIA, TÉCNICA E TECNOLOGIA

As concepções sobre a ciência e o cientista

É necessário entender o conhecimento científico como o resultado de uma produção histórica e social, ou seja, de uma criação.
Com freqüência, a idéia de Ciência e de cientista é muito distorcida. As representações são masculinas, as figuras têm os cabelos desarrumados, uma lâmpada na cabeça saindo faíscas, raios em explosão de tubos de ensaio, fumacinhas subindo de diversos equipamentos de laboratório além de outras figuras do gênero ou correlatas. Estes são alguns dos ESTEREÓTIPOS construídos socialmente para indicar o entendimento sobre a Ciência e o cientista.
Nem os próprios cientistas acreditam mais no conhecimento científico como “a verdade” absoluta. Então, isso é mais um motivo para romper com as práticas do ensino de Ciências centradas na memorização e na repetição mecânica e sem sentido. A ciência ela é resultado do processo de busca do conhecimento; é um exercício constante de aproximação da realidade, e como tal, é histórica e socialmente determinada.

O QUE É CIÊNCIA?
Há três principais concepções de Ciência ou de ideais de cientificidade:

Os diferentes modos de conhecer: o conhecimento científico



Quando passamos a ter um objeto específico de investigação, aliado a um método pelo qual se fará o controle desse conhecimento, temos aí a Ciência moderna. Cada ciência se torna, ao longo da história, uma ciência particular, porque consegue delinear o seu campo de trabalho específico.

A Ciência, antes de tudo, desconfia, põe em dúvida toda e qualquer certeza, ela quer ultrapassar as aparências. E, para isso, o conhecimento que ela persegue tem características que o identificam e que se opõem, em quase todos os aspectos, ao saber popular.

A Ciência moderna e contemporânea faz o tempo todo, não aceitando nada como resultado final, pronto e acabado, cristalizado; ao contrário, postula a instalação de uma pedagogia da incerteza, da insegurança e da provisoriedade, que rompe com parâmetros dogmáticos e absolutos ou de verdades definitivas.
Se não refletirmos sobre nosso trabalho, como teremos condições de “ensinar a pensar”? Assim como a Ciência trabalha com a dúvida, o educador deve duvidar de si mesmo.