Uma tecnologia produz mudanças com implicações muito maiores
do que normalmente se dá atenção. Elas acontecem no plano da produção dos bens
de consumo e das relações sociais, por isso a tecnologia gera implicações econômicas,
políticas, sociais e culturais. Em nome do progresso, as construções urbanas
tornam a vida humana cada vez mais solitária, a poluição do ar provocada pelas
fábricas aumenta, áreas verdes e de preservação ambiental são alvo de
especulações imobiliárias.
Desde o início do século XX já existem reflexões sobre a
técnica. Entretanto, poucos estudiosos identificaram que o interesse deveria ser
deslocado da técnica para a tecnologia, ou seja, que a técnica contemporânea
não está restrita ao trabalho manual ou mecânico que se realiza sobre um
material.
A técnica é tão antiga quanto a existência da humanidade. No
estágio inicial da história da Ciência, o instrumento é um prolongamento do
corpo humano. O martelo aumenta a potência do braço e o arado é a mão escavando
o solo.
No século XVII, com a Ciência moderna, as perspectivas de avanço
tecnológico cresceram e uma de suas características marcantes é que agora o
homem quer submeter a Natureza às suas ordens. Enquanto o instrumento constitui
uma extensão do corpo, temos a técnica potencializando a energia humana.
No contexto de associação entre Ciência e técnica, há uma
transição do uso do instrumento e da ferramenta para a máquina que executa o
que antes o homem fazia.
Podemos, finalmente, compreender o seguinte: A tecnologia é
definida como toda invenção, incluindo ferramentas, máquinas, materiais e recursos
que facilitam a vida das pessoas.
A presença de novas
tecnologias provoca mudanças sucessivas na organização política, econômica e
social. uma conseqüência social é o desemprego causado pela substituição
massiva de pessoas por tecnologias que substituem o trabalho humano.